Coordenação e Concepção Educativo - 4° Bienal de Arte e Cultura de Jaboticabal.

Coordenei o setor educativo da 4ª Bienal de Artes de Jaboticabal com o propósito de ampliar o acesso e promover experiências significativas para diferentes públicos. Desde o início, priorizei o diálogo com a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), agendando uma reunião presencial com a Diretora de Projetos, Cláudia Oliveira, para garantir a participação das escolas públicas. A partir desse encontro, formalizei a solicitação de transporte e agendamentos por meio de ofício. As visitas guiadas, somadas às oficinas e rodas de conversa que organizamos, criaram uma programação diversa, acessível a todas as faixas etárias. Tivemos um retorno muito positivo dos participantes e das instituições envolvidas.

Baseei a metodologia do setor na abordagem triangular de Ana Mae Barbosa e Rejane Coutinho, com foco em uma mediação crítica, sensível e compartilhada. Elaborei dois roteiros de visitação — um que partia do passado e outro do futuro — em consonância com a curadoria "O Futuro do Passado". Essa escolha facilitou a acessibilidade e a autonomia dos educadores. Também desenvolvi uma planilha colaborativa onde os artistas puderam compartilhar informações sobre seus processos criativos, o que enriqueceu ainda mais o conteúdo das mediações. Durante a formação dos educadores, promovi encontros presenciais e uma seleção atenta à diversidade de gênero, raça e experiência profissional, formando uma equipe plural, engajada e crítica.

Durante o período da exposição, os educadores atuaram de forma comprometida e sensível, tanto nas visitas guiadas quanto no suporte à programação paralela. Elaboramos juntos perguntas geradoras e palavras-chave que incentivassem a reflexão e a escuta atenta dos visitantes. Tivemos a honra de atender cerca de 350 estudantes de escolas públicas e instituições como o SENAC e o CRAS. A programação contou com oficinas de bordado, desenho, uma instalação colaborativa com a artista Taína Guedes, além de rodas de conversa sobre arte, memória e diversidade, que ativaram o espaço de forma horizontal e participativa. Coordenei este setor com escuta, afeto e estratégia, acreditando no poder da arte como ferramenta de transformação e pertencimento.